Manifesto de estudantes mexicanos!
Fim à militarização das Universidades!
Fim à militarização e à guerra contra o povo no México!
À comunidade universitária
À opinião publica.
Às organizações sociais, estudantes e de direitos humanos.
O dia 26 de outubro de 2011 Calos Sinuhé Cuevas Mejía, mestrando da Faculdade de Filosofia e Letras (FFyL) foi assassinado e encontrado morto no quilometro 28 às 23:40 h. com 16 tiros pelo corpo.
Carlos foi estudante da Faculdade de Filosofia e Letras preocupado com a sua sociedade. No ano 1999 participou ativamente da luta pela defesa da educação pública e gratuita. Integrou-se na Brigada Rosa Luxemburgo. Pela sua amizade e congruência política participou na exigência de justiça pelos companheiros (da UNAM) massacrados em Sucumbios, Equador. Em 2009 voltou à Faculdade para concluir sua tese sobre a Ética mexicana, recomeçou sua participação política na Assembléia da FFyL , na defesa dos espaços públicos, pela remoção de pedras e vasos que atrapalhavam o livre transito e o espaço de convivência. Se solidarizou ativamente com a luta do SME (Sindicato Mexicano de Eletricistas) no Comitê da FFyL para seu apoio.
A partir de 2010, dentro da Faculdade, organizou a lista de demandas internas, em que um dos pontos era a exigência de um restaurante universitário e xerox subsidiadas, retiro das câmeras de vigilância, cancelamento de cobranças (ilegais) na Divisão de Educação Contínua e a atualização do acervo bibliográfico. Participou assim mesmo na Assembléia Inter-faculdades nas quais se promoveram demandas junto com professores e acadêmicos da Assembléia Universitária Acadêmica que levava a luta contra a Reforma do Estatuto do Pessoal Acadêmico. Participou na organização de concertos de boas vindas à comunidade estudantil de novo ingresso (os calouros) nos dois anos consecutivos em que se fez isso. Depois incorporou-se à Coordenadoria de Movimentos Estudantis e Sociais “Nossa América” como membro fundador lutando pela unidade do movimento estudantil e pela construção da Educação Popular, em que militou até seu assassinato. Participou do Fórum Nacional de Deslocados no que diversas organizações do país de povos e colônias deslocadas pela violência, motivos políticos e ambientais trocaram suas experiências.
Desde setembro de 2009 foi objeto de difamação através de cartaz colados na periferia da FFyL assim como panfletos assinados por o suposto Coletivo Emiliano Zapata, sendo acusado ele e outros companheiros das Assembléias de ser infiltrados da Secretaria da Defesa Nacional, de serem espiões, militares, narcotraficantes, vendedores ambulantes, narco-terroristas. Estas intimidações e ameaças continuaram este ano através de correios eletrônicos a grupos estudantis organizados contra a militarização do país. As quais as autoridades universitárias não atenderam.
Lamentamos o trágico acontecimento e chamamos à reflexão sobre a violência desenfreada que desatou a falsa “Guerra contra o narcotráfico” cuja estratégia de militarização e paramilitarismo que potencializa a violência social afetando a grupos vulneráveis, particularmente aos jovens. Os que assinam esta carta exigem o esclarecimento do assassinato, denunciando a hostilidade e as ameaças do que foi objeto durante estes anos.
Pelo companheiro Carlos Cuevas, não um minuto de silencio, toda uma vida de luta!
Fim ao assassinato e desaparições de lutadores sociais!
Contra à militarização das universidades!
Fora corpos polícias de escolas e sindicatos!
Por ações de Frente Único de estudantes, trabalhadores e acadêmicos!
Coordinadora de Movimientos Estudiantiles y Sociales Nuestra América, Colectivo Carlos Marx, Partido Revolucionario de las y los Trabajadores, Colectivo Tlanemani – Tlan, Liga de Trabajadores por el Socialismo, Agrupación Estudiantil Contracorriente, Pan y Rosas México, Liga de Unidad Socialista, Grupo Internacionalista, Brigada de Educación Popular, Conciencia y Libertad, Bloque Rojo, Movimiento Estudiantil Revolucionario Internacionalista, Curso Zapata Vive, Brigada Rural Multidisciplinaria por las Comunidades Otomí – Tepehua, Colectivo Armemoskalles, Rejas Negras, Brigada Ayacucho, Movimiento de Aspitantes Excluídos de la Educación Superior, Comité Estudiantil Metropolitano, Colectivo Zin Kubo, Coordinadora Metropolitana Contra la Militarización y la Violencia, Frente Plural Ciudadano de Ciudad Juárez, Unión de la Juventud Revolucionaria de México, Grupo Democracia Revolucionaria, Consejo General de Huelga – Cubículo de Trabajo Estudiantil Preparatoria 2, Red Universitaria de Monitores de Derechos Humanos, Estudiantes, trabajadores y profesores de la Universidad Nacional Autónoma de México, Centro de Documentación y Difusión de Filosofía y Letras.
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