ACESSE O BLOG DA GREVE DA USP:
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011
HOJE! ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES - 17/11 - 18H
LOCAL: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)
HORÁRIO: 18H
Retirada de todos os processos movidos contra estudantes por motivos políticos!
Fora PM! Pelo fim do convênio da USP com a Secretaria de Segurança Pública.
Liberdade aos presos e nenhuma punição administrativa ou criminal!
Fora Rodas!
Outro projeto de segurança na USP!
HORÁRIO: 18H
Retirada de todos os processos movidos contra estudantes por motivos políticos!
Fora PM! Pelo fim do convênio da USP com a Secretaria de Segurança Pública.
Liberdade aos presos e nenhuma punição administrativa ou criminal!
Fora Rodas!
Outro projeto de segurança na USP!
Esclarecimento sobre a comunicação do movimento
Devido ao abrupto e repressor fim da ocupação da reitoria, levado a cabo por 400 homens da polícia, GOE, GATE, cavalaria, helicópteros, etc., no último dia 8 de novembro, a comissão de comunicação da ocupação foi dissolvida.
No entanto, membros da antiga comissão, sem a pretensão de representar a totalidade do movimento, continuarão postando moções, notas e o calendário de mobilizações da GREVE GERAL que está instaurada na Universidade de São Paulo, de acordo com deliberação da última assembleia geral.
A comissão de comunicação da greve está se organizando e terá seu próprio endereço de blog, além de contas nas redes sociais e será comandada por membros votados no comando de greve, que tem delegados de todos os cursos paralisados da USP. Informaremos as novidades do setor de comunicação o mais rápidos possível.
No entanto, membros da antiga comissão, sem a pretensão de representar a totalidade do movimento, continuarão postando moções, notas e o calendário de mobilizações da GREVE GERAL que está instaurada na Universidade de São Paulo, de acordo com deliberação da última assembleia geral.
A comissão de comunicação da greve está se organizando e terá seu próprio endereço de blog, além de contas nas redes sociais e será comandada por membros votados no comando de greve, que tem delegados de todos os cursos paralisados da USP. Informaremos as novidades do setor de comunicação o mais rápidos possível.
domingo, 13 de novembro de 2011
GREVE CRESCE NA USP!
Cursos em greve:
ECA
Audiovisual
Artes Cênicas
Artes Visuais
Educomunicação
Jornalismo
Relações Públicas
Música (paralisação)
FAU
Arquitetura
Design
FFLCH
Ciências Sociais
Filosofia
Geografia
História
Letras
BIOLOGIA
EDUCAÇÃO
Pedagodia
RELAÇÕES INTERNACIONAIS (paralisação)
PSICOLOGIA (paralisação)
Comando de greve
Nesta segunda-feira, 14/11 às 18h, acontecerá no prédio dos cursos de Geografia e História a terceira reunião do Comando de Greve da USP formado por delegados (representantes) eleitos nas assembleias de cursos.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
COMANDO DE GREVE HOJE 18h
Hoje, às 18h no prédio dos cursos de História e Geografia, ocorrerá a segunda reunião do Comando de Greve para organizar os próximos passos da mobilização na USP.
Lembrando que somente votam delegados eleitos nas assembleias de cursos em greve. Para cada 20 estudantes presentes na assembleia, 1 delegado pode ser eleito.
Lembrando que somente votam delegados eleitos nas assembleias de cursos em greve. Para cada 20 estudantes presentes na assembleia, 1 delegado pode ser eleito.
ASSEMBLEIA GERAL NO SALÃO NOBRE DA FACULDADE DE DIREITO
ATO CONTRA PM PELO CENTRO DE SP 10/11
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
TODOS AO GRANDE ATO AMANHÃ NA SÃO FRANCISCO!
Amanhã, concentração a partir do meio-dia no prédio dos cursos de História e Geografia da Cidade Universitária, de onde sairão os ônibus para o ato.
Após o ato, no mesmo local a partir das 18h, será realizada uma assembleia geral da USP junto aos funcionários e professores da universidade.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Nota pública dos presos políticos da USP
São Paulo, 08 de novembro de 2011 - 14h15
Nós, estudantes da USP, que lutamos contra a polícia na universidade e pela retirada dos processos administrativos contra estudantes e trabalhadores, viemos por meio desta nota pública, denunciar a ação da tropa de choque e da polícia militar na madrugada do dia 8/11.
Numa enorme demosntração de intransigência em meio ao período de negociação e na calada da noite, a reitoria foi responsável pela ação da tropa de choque da PM que militarizou a universidade numa repressao sem precedentes. Num operativo com 400 homens, cavalaria, helicópteros, carros especializados e fechamento do Portão 1 instalou-se um clima de terror, que lembrou os tempos mais sombrios da ditadura militar em nosso pais.
Resistimos e nos obrigaram a entrar em salas escuras, agrediram estudantes, filmaram e fotografaram nossos rostos (homens sem farda nem identificação). Levaram todas as mulheres (24) para uma sala fechada, obrigando-as a sentarem no chão e ficarem rodeadas por policiais homens com cacetetes nas mãos. Levaram uma das estudantes para a sala ao lado, que gritou durante trinta minutos, levando-nos ao desespero ao ouvir gritos como o das torturas que ainda seguem impunes em nosso país. Tudo isso demonstra o verdadeiro caráter e o papel do convênio entre a USP e a polícia militar.
A ditadura vive na USP. Tropa de choque, polícia militar, perseguições a estudantes e trabalhadores, demissão de dirigentes sindicais, espionagem contra ativistas e estudantes, repressão através de consultas psiquiátricas aos moradores do CRUSP (moradia estudantil).
Nós, que estamos desde as 5h sob cárcere e controle dos policias, chamamos todos a se manifestarem contra a prisão de 73 estudantes e trabalhadores por lutarem com métodos legitimos por seus direitos.
Responsabilizamos o reitor Joao Grandino Rodas, e toda a sua burocracia acadêmica e o governador do estado de SP Geraldo Alckmin, junto ao seu secretário de seguranca pública, por toda a repressao dessa madrugada. Reafirmamos nossa luta contra a polícia, dentro e fora da universidade, que reprime a população pobre e trabalhadora todos os dias.
Fora PM! Revogação do convênio! Retirada dos processos! Liberdade aos presos políticos!
"Pode me prender, pode me bater, pode até deixar-me sem comer, que eu não mudo de opinião! Porque da luta eu não saio não!"
Nota pública dos estudantes da USP
Nesta terça-feira, 08.11, a população assistiu à lamentável cena da tropa de choque invadindo a Universidade de São Paulo. Com a justificativa de manter a ordem, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, aliado ao Reitor da USP, João Grandino Rodas, defenderam o uso da força policial contra a pacífica manifestação estudantil no campus.
Longe de produzir cenas de conflito entre estudantes e os homens do choque, a intenção do movimento sempre foi a de negociar suas reivindicações. Apesar da reintegração de posse estar juridicamente autorizada para acontecer a partir das 23h desta segunda feira, 07.11, o uso da força policial poderia e deveria ser evitado mediante um simples comunicado da reitoria de que as negociações estavam em andamento.
Para além do discurso legalista da reitoria e de parte da imprensa, temos consciência de que as forças policiais agem politicamente e que a reintegração de posse foi uma resposta intransigente do Reitor a toda a comunidade universitária, demonstrando que, para ele, o uso da força deve se sobrepor ao diálogo.
Permanecíamos ocupando a reitoria como forma de defender a liberdade de manifestação e acreditávamos que a gestão do atual reitor da USP estava finalmente disposta ao diálogo; o que, diante dos fatos, mostrou-se uma ilusão.
Os estudantes estavam organizados para realizar hoje um amplo ato, a partir das 12h, com o objetivo de exigir a retirada dos processos administrativos e disciplinares contra estudantes e trabalhadores e denunciar que a presença da polícia militar no campus é um instrumento da reitoria para eliminar resistências a seu projeto de universidade.
Os processos administrativos - deve-se salientar - são baseados em um artigo do estatuto da USP, elaborado em 1972 - em plena ditadura militar - que ainda vigora e proíbe atos democráticos de manifestação na Universidade.
A organização estudantil estava preparada para levantar as suas bandeiras de luta em um ato pacífico, realizar debates, panfletagens, e prezar pelo diálogo através da reunião de negociação com representantes da reitoria da USP que está marcada para esta quarta-feira, 9.11.
A reintegração de posse foi o caminho oposto ao que o reitor parecia se propor, e a militarização da USP com 400 homens do choque - uma força desproporcional diante do número de estudantes que estavam ocupando a reitoria nessa madrugada - foi um violento ataque ao direito de lutar, que expressa para toda a sociedade que as liberdades democráticas têm sido tratadas como caso de policia na Universidade de São Paulo.
Nossa luta não é de uma minoria: lutamos pela educação pública como um direito de toda a população e não por uma universidade fechada, militarizada e para poucos. A verdadeira minoria, que é a representante das elites do país, não vai nos calar com a força.
Fazemos um pedido para que os canais de comunicação cessem o massacre público ao movimento: a mobilização na USP é um movimento social que está sendo criminalizado.
Pedimos solidariedade às entidades estudantis, sindicais, movimentos sociais e de toda a população, para a luta contra a criminalização e pela defesa dos estudantes que foram detidos.
Longe de produzir cenas de conflito entre estudantes e os homens do choque, a intenção do movimento sempre foi a de negociar suas reivindicações. Apesar da reintegração de posse estar juridicamente autorizada para acontecer a partir das 23h desta segunda feira, 07.11, o uso da força policial poderia e deveria ser evitado mediante um simples comunicado da reitoria de que as negociações estavam em andamento.
Para além do discurso legalista da reitoria e de parte da imprensa, temos consciência de que as forças policiais agem politicamente e que a reintegração de posse foi uma resposta intransigente do Reitor a toda a comunidade universitária, demonstrando que, para ele, o uso da força deve se sobrepor ao diálogo.
Permanecíamos ocupando a reitoria como forma de defender a liberdade de manifestação e acreditávamos que a gestão do atual reitor da USP estava finalmente disposta ao diálogo; o que, diante dos fatos, mostrou-se uma ilusão.
Os estudantes estavam organizados para realizar hoje um amplo ato, a partir das 12h, com o objetivo de exigir a retirada dos processos administrativos e disciplinares contra estudantes e trabalhadores e denunciar que a presença da polícia militar no campus é um instrumento da reitoria para eliminar resistências a seu projeto de universidade.
Os processos administrativos - deve-se salientar - são baseados em um artigo do estatuto da USP, elaborado em 1972 - em plena ditadura militar - que ainda vigora e proíbe atos democráticos de manifestação na Universidade.
A organização estudantil estava preparada para levantar as suas bandeiras de luta em um ato pacífico, realizar debates, panfletagens, e prezar pelo diálogo através da reunião de negociação com representantes da reitoria da USP que está marcada para esta quarta-feira, 9.11.
A reintegração de posse foi o caminho oposto ao que o reitor parecia se propor, e a militarização da USP com 400 homens do choque - uma força desproporcional diante do número de estudantes que estavam ocupando a reitoria nessa madrugada - foi um violento ataque ao direito de lutar, que expressa para toda a sociedade que as liberdades democráticas têm sido tratadas como caso de policia na Universidade de São Paulo.
Nossa luta não é de uma minoria: lutamos pela educação pública como um direito de toda a população e não por uma universidade fechada, militarizada e para poucos. A verdadeira minoria, que é a representante das elites do país, não vai nos calar com a força.
Fazemos um pedido para que os canais de comunicação cessem o massacre público ao movimento: a mobilização na USP é um movimento social que está sendo criminalizado.
Pedimos solidariedade às entidades estudantis, sindicais, movimentos sociais e de toda a população, para a luta contra a criminalização e pela defesa dos estudantes que foram detidos.
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CHOQUE INVADE USP! TODOS À REITORIA AGORA 10H!
a tropa de choque invadiu a usp hoje às 5h da manhã com 400 homens. além de prenderem 70 estudantes cercaram e jogaram bombas no crusp. a usp está sitiada. os estudantes continuam presos.
todos à reitoria! 10h.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
URGENTE!!!! TROPAS DE CHOQUE NA REITORIA OCUPADA ACORDA USP!!!!!!!
URGENTE!!!! TROPAS DE CHOQUE NA REITORIA OCUPADA, ACORDA USP!!!!!!!
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ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES - 07/11 - 20H
Conforme decidido na última plenária (confira comunicado aqui), caso a reitoria se dispusesse a discutir, anteciparíamos nossa assembleia de quarta (09/11) para segunda (07/11).
Portanto, TODOS À ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES, HOJE (SEGUNDA-FEIRA, 07/11), ÀS 20H, EM FRENTE À REITORIA OCUPADA!
- Revogação do convênio USP-PM! Fora PM!
- Fim dos processos e perseguições contra estudantes, professores e funcionários!
Reunião de negociação
A Reitoria convocou uma reunião de negociação hoje, 07/11, às 14h30.
Por isso, a assembleia geral dos estudantes será antecipada para hoje às 20h na frente da reitoria ocupada.
TODOS À REITORIA OCUPADA HOJE!
Por isso, a assembleia geral dos estudantes será antecipada para hoje às 20h na frente da reitoria ocupada.
TODOS À REITORIA OCUPADA HOJE!
"Invasora é a polícia, não os estudantes"
Novamente, o cartunista Carlos Latuff, reconhecido internacionalmente por suas ilustrações de caráter político, posiciona-se favorável à ocupação da reitoria da USP. Desta vez, além de outra excelente charge, o cartunista nos envia seu apoio por áudio.
Mensagem de apoio do cartunista Carlos Latuff aos estudantes da USP by carloslatuff
Mensagem de apoio do cartunista Carlos Latuff aos estudantes da USP by carloslatuff
Agradecemos o apoio e seguimos na luta pela derrubada dos processos e pelo fim do convênio PM-USP! Fora PM!
domingo, 6 de novembro de 2011
Moção de apoio à Ocupação da Reitoria da USP na luta pelo FORA PM
Nós, estudantes do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, em greve em solidariedade à luta dos funcionários técnico-administrativos da Universidade por isonomia salarial e contra a repressão pela reitoria, decidimos, em Assembléia Geral de 3/11, pelo apoio incondicional à ocupa...ção da Reitoria da USP como método ra...dicalizado legítimo dos estudantes que se mobilizam na luta pela expulsão da PM do campus.
Moção de repúdio
A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) repudia a atuação repressora da Polícia Militar de São Paulo (PM) contra os estudantes da Universidade de São Paulo (USP), a maior do país.
A Universidade deve ser um espaço democrático e de debate crítico e jamais de repressão policial. O convênio firmado, recentemente, entre a reitoria e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo para o patrulhamento do campus pela PM tem como finalidade garantir o direito à segurança pública, como direito social e não para uso das forças policias na Cidade Universitária, contra os estudantes.
Nesse sentido, é inadmissível a violência cometida contra os estudantes da USP, quando estes se manifestam por melhores condições da educação. Desse modo, repudiamos qualquer criminalização ao Movimento Estudantil da USP e manifestamos nosso total apoio aos estudantes.
Atenciosamente,
Cláudia Monica dos Santos – claudia.abepss@gmail.com - Presidente da ABEPSS
São Paulo, 4 de novembro de 2011.
Moção de apoio
A presença da PM no Campus da USP, contrariamente ao que se apregoa, com apoio da mídia manipuladora e golpista, visa reprimir os movimentos políticos na USP, mais precisamente as reivindicações dos estudantes, dos funcionários e dos profesores. O reitor Rodas e a maioria do Conselho Universitário, ao recusarem debater com a Comunidade Acadêmica as alternativas de segurança para o Campus, impondo a presença de uma organização policial historicamente comprometida com políticas antipopulares, e que assume orgulhosamente sua participação no massacre de Canudos, na repressão da Greve de 1917 e no golpe militar-bonapartista de 1964 , optaram pela truculência ignorante e escancaram suas verdadeiras intenções, isto é o não-dialogo a não-democracia e a repressão.
As comunidades acadêmicas das Universidades estaduais paulistas exigem que se trate a atual crise na USP democrática e politicamente.
Nenhuma solução de força será tolerada!
Pela Autonomia universitária e Acadêmica!
Fora a PM da USP e de todas as Universidades do estado de São Paulo!
Antonio Carlos Mazzeo - prof. livre-docente - UNESP
As comunidades acadêmicas das Universidades estaduais paulistas exigem que se trate a atual crise na USP democrática e politicamente.
Nenhuma solução de força será tolerada!
Pela Autonomia universitária e Acadêmica!
Fora a PM da USP e de todas as Universidades do estado de São Paulo!
Antonio Carlos Mazzeo - prof. livre-docente - UNESP
NEGOCIAÇÃO JÁ! TODOS À REITORIA OCUPADA HOJE!
No último sábado, dia 05/11, após audiencia de conciliação entre representantes dos estudantes e da reitoria no Fórum Hely Lopes Meirelles, a justiça adiou a reintegração de posse do prédio ocupado para acontecer hoje, segunda-feira, dia 07/11, a partir das 23h.
Os termos estabelecidos nessa audiência representaram a legitimidade e o fortalecimento do nosso movimento que vem se ampliando cada vez mais.
Além disso, a reitoria se comprometeu a religar a luz, água e internet, que haviam sido cortados, e até o momento não foram reestabelecidos, e que os representantes dos estudantes presentes na audiência não receberão nenhuma punição.
A decisão da justiça, contrária à execução da reintegração de posse, mostra que a intransigência nunca foi de nossa parte, e sim da reitoria, que pediu a reintegração, cortou luz, água e internet do prédio, antes mesmo de realizar negociações.
Seguimos dispostos, como desde o início, a negociar. Exigimos que a reitoria abra negociação já hoje. Conforme a deliberação da assembleia anterior, caso não haja negociação, a próxima assembleia está mantida para dia 09/11, quarta-feira. Porém, caso haja, anteciparemos a assembleia para o dia em que a negociação acontecer. Até lá seguiremos ampliando o movimento por meio de um calendário de lutas.
Hoje, data limite da reintegração de posse, consideramos fundamental a presença de todos os estudantes, professores e funcionários na ocupação para que participem do ato/aulas públicas e apoiem o movimento.
Chamamos a todos os estudantes, funcionários e professores a aderir ao movimento contra o convênio que, sob o pretexto da segurança, institucionaliza uma vigilância e repressão política contra o livre direito de expressão e organização dentro da universidade com o objetivo de implementar o projeto de universidade privatista do reitor João Grandino Rodas! Chamamos a todos para ampliar a mobilização e, sobretudo, participar da ocupação!
Calendário
- 2af:
panfletagens nos cursos
ato/aulas públicas em frente à reitoria ocupada, a partir das 18h
festa
- 3af:
grande mobilização para passeata, concentração desde às 14h na reitoria ocupada.
- 4af:
Assembleia Geral na Reitoria Ocupada (data pode ser antecipada caso haja negociação)
Reafirmamos nossa pauta:
- Revogação do convênio USP-PM! Fora PM!
- Fim dos processos e perseguições contra estudantes, professores e funcionários!
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sábado, 5 de novembro de 2011
PRONUNCIAMENTO OFICIAL SOBRE A AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Neste sábado, dia 05/11, os representantes da comissão de negociação, eleitos na última assembleia geral dos estudantes da USP, compareceram à audiência de conciliação no Fórum Hely Lopes Meirelles que contou com a presença do Coordenador de Relações Institucionais, Wanderley Messias da Costa, e o Chefe de Gabinete, Alberto Carlos Amadio, representando a reitoria.
Foi determinado o adiamento do prazo de reintegração de posse do prédio da reitoria de hoje (sábado), às 17h, para segunda-feira, dia 07/11, às 23h. Além disso, a reitoria se comprometeu a religar a luz, água e internet, que haviam sido cortados, e até o momento não foram reestabelecidos, e que os representantes dos estudantes presentes na audiência não receberão nenhuma punição.
Consideramos estes termos uma conquista do movimento, que vem se ampliando e ganhando apoio. A decisão da justiça, contrária à execução da reintegração de posse, durante um processo aberto de negociação, mostra que a intransigência nunca foi de nossa parte, e sim da reitoria, que pediu a reintegração de posse, cortou luz, água e internet do prédio antes mesmo de realizar negociações.
Seguimos abertos ao diálogo e dispostos, como desde o início, a negociar. Propomos que a reitoria restabeleça os canais de diálogo e negociação já para a próxima segunda-feira. Por decisão de nossa assembleia anterior, nossa próxima assembleia esta marcada para o dia 9/11. Caso a reitoria se disponha a realizar nova reunião de negociação no dia 7/11, estamos dispostos a antecipar nossa assembleia para este dia para avaliar as propostas da reitoria.
Reafirmamos nossas reivindicações:
- Revogação do convênio USP-PM! Fora PM!
- Fim dos processos e perseguições contra estudantes, professores e funcionários!
São Paulo, 5 de novembro de 2011
São Paulo, 5 de novembro de 2011
Plenária de ocupação da reitoria da USP
Comissão de negociação
Nesse momento, a comissão de negociação do movimento está participando da audiência de conciliação no Fórum da Fazenda Pública para tratar sobre a reintegração de posse do prédio da reitoria ocupada.
O verso e o anverso na USP
São Paulo, 5 de novembro de 2011
Jorge Luiz Souto Maior, Professor livre-docente da Faculdade de Direito da USP
Estão dizendo por aí que os alunos que ocupam a Reitoria da USP perderam a razão quando não aceitaram a deliberação da Assembléia. Querem dizer, então, por preceito lógico, que concordariam com a ocupação se a Assembléia a tivesse aprovado? Ora, se não concordariam nem assim, então, a deliberação da Assembléia é irrelevante e o ataque feito à ação dos estudantes e servidores por esse viés é totalmente despropositado.
As lutas sociais, ademais, não dependem de uma legitimação fixada em lei, do contrário não seriam lutas e, de fato, não teriam condições materiais de existir. Quaisquer pessoas podem se organizar, formar suas associações de direito ou de fato, para a defesa de seus interesses. Os movimentos sociais, normalmente, não possuem constituição jurídica formal. Assim, os estudantes mobilizados, que criaram uma forma de organização própria, não têm obstáculo jurídico para a defesa dos ideais que consideram importante defender.
Pode-se discutir, a bem da verdade, a legitimidade que possuem para responder por todos os alunos da USP, mas ao que se sabe os alunos ali mobilizados nunca reivindicaram esse título, ainda que a sociedade crie sobre eles uma generalização.
Quanto ao meio de luta eleito, a ocupação, há uma gama enorme de questões que o envolve. Fiquemos, no entanto, com o verso do senso comum de que se trata de uma ilegalidade porque representa tomar posse de um patrimônio público. Mas, cumpre, inversamente, reparar: o ato em questão não se trata de tomar posse para si e sim, em caráter provisório e precário, para o propósito de instituir um diálogo político, o qual visa à reconstrução da ordem estabelecida.
Ainda assim fiquemos com a noção de ilegalidade. Diante da situação posta o que resta à Reitoria? Restituir a legalidade? Diz a Administração da Universidade que está obrigada a resgatar a ordem e, desse modo, para devida defesa do patrimônio público, ingressou com ação de reintegração de posse. E obteve a liminar. Mas, novamente, faz-se importante ponderar. Qual o valor que a Reitoria está buscando preservar? Está preservando o patrimônio, ou seja, os bens materiais. Com isso, mais uma vez, está se furtando ao diálogo pelo uso da força, ainda que ancorada por decisão judicial e pretende utilizar essa força para repelir aqueles que chama de “invasores”, só que os tais “invasores” não são números, são pessoas, e mais, são alunos e servidores, que estão ali, mesmo que em ato de pretensa ilegalidade, para o exercício de uma ação política contra atos que acusam terem sido ilegalmente cometidos pela Direção da Universidade, sobretudo no que se refere à abertura, por represália, de inúmeros inquéritos administrativos contra alunos e servidores, trazendo consigo, também, a reivindicação do que chamam “Fora PM!”
Na onda “moral e cívica” que histericamente se formou, essas pessoas estão sofrendo um verdadeiro massacre público, sendo agredidas por todos os lados. Mas, são só pessoas querendo expressar o seu sentimento e elegendo um meio de luta para tanto. São jovens que podiam não se importar com que se passa com os servidores ameaçados de dispensa por justa causa. Podiam não se importar com o futuro da Universidade, pois estão de passagem pelo Campus e com o Diploma universitário podem estar prestes a se inserir, exitosamente, no mercado de trabalho. Podiam, simplesmente, estar em por aí sem muitos propósitos na vida. Mas, não. Estão lá, lutando, exercendo cidadania, aprendendo a se organizar, produzindo saberes, adquirindo experiência de vida, aprofundando idéias e debates... Só isso já seria motivo relevante para que as admirássemos, mesmo sem concordar com suas bandeiras ou métodos, apontando-os como açodados, inoportunos, radicais etc. Mas, não se há de esquecer que foram atitudes tomadas mediante forte emoção, ditada por um sentimento de injustiça e no calor de efervescência política em um ambiente universitário. O fato é que somente a partir de pessoas questionadoras, conscientizadas, inteligentes e lutadoras, como as que ora se mobilizam, o Brasil poderá, enfim, solver os seus eternos problemas.
Mas, o que a Administração da Universidade planeja fazer com essas pessoas? Submetê-las à força policial, assumindo todos os riscos daí conseqüentes, pois para a opinião pública, que fora forjada sobre o tema, vale mais a defesa do patrimônio que a preservação da integridade física ou mesmo da vida desses meninos contestadores de 17 anos ou um pouco mais e alguns servidores com vários anos de relevantes serviços prestados à Universidade.
Por que escrevo este texto? Porque me importo com a vida dessas pessoas. Porque me preocupa o cerco da força do poder contra uma mobilização reivindicatória. Porque não consigo dormir sossegado sabendo que a intransigência da Administração em estabelecer com estudantes e servidores um diálogo, ainda que difícil, longo e complexo, do qual, ademais, poderiam – e deveriam – participar as diversas inteligências da Universidade, que até agora, pesarosamente, ecoam um silêncio retumbante, pode produzir um verdadeiro massacre.
Não estou defendendo (nem condenando, por certo) a ação dos estudantes e servidores. Estou, meramente, rogando a todos, à sociedade, à mídia, à Administração da Universidade, ao Comando da Polícia Militar, e, sobretudo, à juíza que deferiu a liminar, para que repensem sua postura neste evento e permitam, enfim, o avanço do necessário diálogo a respeito das intrigadas questões que afligem, concretamente, a nossa Universidade.
Caso estes interlocutores não estejam dispostos a me escutar, volto-me, então, aos estudantes, aos quais chamo de alunos, se é que me concedem essa legitimidade, para pedir-lhes, então, que reflitam sobre as diversas outras possibilidades de manterem a mobilização, desocupando a Reitoria, até porque o anverso da escrita desse aparente verso triste pode ser a retomada do império da legalidade na Universidade em todos os níveis. Afinal, é possível difundir a todos os demais espaços essas e tantas outras reivindicações, não se restringindo apenas ao prédio velho e desconfortável da Reitoria!
Moção de apoio
São Paulo, 03 de novembro de 2011
Nós da Apropuc-SP repudiamos profundamente a repressão à comunidade universitária, e principalmente aos estudantes, que a polícia está realizando no interior da maior universidade de nosso país, a USP. A universidade para cumprir seu papel social de ser um espaço de debate crítico e livre não pode em hipótese alguma ser militarizada. A presença da polícia é um ataque frontal à autonomia universitária. Não visa garantir a
segurança, mas coibir a entrada e convivência no interior do campus dos trabalhadores e de seus filhos, bem como oprimir a organização do movimento estudantil, dos trabalhadores e de todos os que porventura expressarem discordância com as diretrizes assumidas pela administração. A tentativa da
mídia de desqualificar a legítima mobilização dos estudantes pela retirada da polícia e pelo fim das perseguições políticas, questões democráticas elementares, é uma demonstração da inversão da verdade que se produz todos os dias para atender os interesses do status quo. Hoje os verdadeiros defensores da universidade pública encontram-se representados na figura
destes estudantes. Portanto, repudiamos qualquer tentativa de criminalizar este movimento e suas medidas de mobilização, das quais a ocupação de instalações é um método histórico e legítimo. Os estudantes não são "invasores", mas a polícia sim. Por isso expressamos nosso incondicionalapoio à sua mobilizaçãontes.
Bia Abramides
Diretoria da APROPUC-SP
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Charges do Latuff em apoio à ocupação da reitoria
O cartunista Carlos Latuff, internacionalmente reconhecido por suas charges políticas, manifestou hoje seu apoio à ocupação da reitoria da USP por meio de duas ilustrações, que enfocam a boa vontade da mídia com relação ao nosso movimento. Fora PM! Abaixo convênio PM-USP! Fim dos processos!
FESTA CONTRA A REPRESSÃO HOJE NA OCUPAÇÃO
REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO
Hoje, às 11h30, foi realizada a primeira reunião de negociação entre a Reitoria e a comissão de negociação. Representaram a reitoria, o Coordenador de Relações Internacionais, Wanderley Messias, e o Chefe de Gabinete, Alberto Carlos Amadio. Segundo integrantes da comissão, a Reitoria não quis negociar. Foi proposto que somente depois que desocuparmos, seria aberto um Grupo de Trabalho (GT) para discutir alguns pontos do convênio e alguns dos processos. Por isso, a negociação foi uma farsa somente para a Reitoria fingir que está aberta ao diálogo.
Em breve, publicaremos uma nota oficial do movimento.
ASSEMBLEIA SOCIAIS
Ontem, 03/11, os estudantes de Ciências Sociais realizaram uma assembleia e aprovaram apoio ao eixo político do movimento.
ASSEMBLEIA FAU
Ontem, 03/11, os estudantes da FAU realizaram uma assembleia e deliberaram apoio à ocupação e apoio ao eixo político do movimento.
ASSEMBLEIA ECA
Ontem, 03/11, foi realizada uma assembleia de estudantes da ECA que deliberou apoio à ocupação e apoio ao eixo político do movimento.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Reintegração de posse
Leia na íntegra o pedido de reintegração de posse da reitoria ocupada contra a repressão:
http://www.tj.sp.gov.br/Handlers/FileFetch.ashx?id_arquivo=35106
http://www.tj.sp.gov.br/Handlers/FileFetch.ashx?id_arquivo=35106
Denúncia
Comprovando sua política de repressão e censura, a reitoria tenta calar a voz do movimento impedindo sua comunicação com a sociedade. Através do corte do sistema de internet do prédio da reitoria desde do dia 02/11.
Exigimos o religamento imediato do sistema de internet!
ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES
Na última quinta-feira, dia 04/11, foi realizada uma nova assembleia geral que contou com a presença de aproximadamente 600 estudantes e que deliberou por unanimidade pela manutenção da ocupação e a destituição do reitor João Grandino Rodas.
Foi aprovado a manutenção do eixo político de reivindicações:
- - Revogação do convênio USP-PM! Fora PM!
- - Fim dos processos e perseguições contra estudantes, professores e funcionários!
Também foi aprovado:
- - Indicativo de greve para ser discutido nas assembleias de curso;
- - Indicativo de paralisação das aulas no dia do ato na próxima reunião do Conselho Universitário (C.O.)-, que será realizada na próxima terça-feira, dia 08/11;
- - Comissão de negociação formada por 6 estudantes, eleitos pela assembleia, 2 professores e 2 funcionários;
- - Comitê de mobilização.
A próxima assembleia geral dos estudantes será realizada no dia 09/11, quarta-feira, em frente a reitoria ocupada.
Ocupa USP contra repressão
CHAMADO A ASSEMBLEIA GERAL
Na última terça-feira, dia 01.11, a assembleia geral dos estudantes da USP deliberou a ocupação do prédio da reitoria, com objetivo de exigir do reitor João Grandino Rodas a extinção do convênio PM-Reitoria (Fora PM!), o fim dos processos contra funcionários e estudantes e a manutenção da autonomia dos espaços.
Essa ocupação é uma continuidade da ocupação da Administração da FFLCH, que será desocupada como deliberado democraticamente nessa mesma assembleia por 448 votos contra e 559 a favor da desocupação.
Durante a votação em que a maioria dos estudantes eram favoráveis a discutir a proposta de ocupar a reitoria, a presidência da mesa composta por membros das atuais gestões do DCE e do CAELL (dirigidos pelo PSOL e PSTU, respectivamente) decretou, arbitrariamente, o fim da assembleia, e se retirou desta com claro intuito de tentar deslegitimá-la. Porém, a assembleia com cerca de 700 estudantes, não se dissolveu e votou pela proposta de ocupação da reitoria que havia sido negligenciada pela mesa.
No momento em que o movimento real dos estudantes se levanta contra a presença da polícia no campus e os processos contra estudantes e trabalhadores, a unidade é fundamental, o PSOL e o PSTU se colocam ao lado da reitoria. Ao contrário do que afirmam essas correntes, fazendo coro com a mídia, esta ocupação é legítima e tem o apoio de funcionários e professores, entre eles Chico de Oliveira, Luis Renato Martins e Souto Maior. Entendemos que não permitir a polícia militar no campus significa ir contra o projeto privatista de universidade proposto por Rodas. Chamamos a todos os estudantes à assembleia geral hoje, dia 03.11, às 20h.
TODOS OS ESTUDANTES À ASSEMBLEIA GERAL – QUINTA FEIRA, 03/11, ÀS 20H, EM FRENTE À REITORIA OCUPADA.
Essa ocupação é uma continuidade da ocupação da Administração da FFLCH, que será desocupada como deliberado democraticamente nessa mesma assembleia por 448 votos contra e 559 a favor da desocupação.
Durante a votação em que a maioria dos estudantes eram favoráveis a discutir a proposta de ocupar a reitoria, a presidência da mesa composta por membros das atuais gestões do DCE e do CAELL (dirigidos pelo PSOL e PSTU, respectivamente) decretou, arbitrariamente, o fim da assembleia, e se retirou desta com claro intuito de tentar deslegitimá-la. Porém, a assembleia com cerca de 700 estudantes, não se dissolveu e votou pela proposta de ocupação da reitoria que havia sido negligenciada pela mesa.
No momento em que o movimento real dos estudantes se levanta contra a presença da polícia no campus e os processos contra estudantes e trabalhadores, a unidade é fundamental, o PSOL e o PSTU se colocam ao lado da reitoria. Ao contrário do que afirmam essas correntes, fazendo coro com a mídia, esta ocupação é legítima e tem o apoio de funcionários e professores, entre eles Chico de Oliveira, Luis Renato Martins e Souto Maior. Entendemos que não permitir a polícia militar no campus significa ir contra o projeto privatista de universidade proposto por Rodas. Chamamos a todos os estudantes à assembleia geral hoje, dia 03.11, às 20h.
TODOS OS ESTUDANTES À ASSEMBLEIA GERAL – QUINTA FEIRA, 03/11, ÀS 20H, EM FRENTE À REITORIA OCUPADA.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES DA USP
Amanhã 03/11/2011
20h
Local: Reitoria ocupada contra a repressão
20h
Local: Reitoria ocupada contra a repressão
FESTA CONTRA A REPRESSÃO HOJE NA OCUPAÇÃO
Apoio dos professores Chico de Oliveira e Luiz Renato Martins à ocupação
Após declaração à imprensa demonstrando total apoio à ocupação do prédio da reitoria, os professores Chico de Oliveira e Luiz Renato Martins, junto a diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) e estudantes do movimento de ocupação da reitoria contra a repressão, estão se dirigindo ao prédio da administração da FFLCH para realizar a certificação da integridade do espaço antes de sua desocupação. Em breve, publicaremos uma nota oficial sobre a desocupação do prédio da faculdade.
Venham para a ocupação da reitoria lutar contra o convênio PM-USP e pela retirada dos processos contra lutadores!
terça-feira, 1 de novembro de 2011
NOTA SOBRE A OCUPAÇÃO DA REITORIA DA USP 01/11/2011
Na noite da última terça-feira, dia 01/11, a assembleia geral dos estudantes da USP deliberou por ampla maioria ocupar o prédio da reitoria da universidade. Esta ocupação é uma continuidade da ocupação da administração da FFLCH, que será desocupada conforme deliberado no início da assembleia.
Entendemos que nossa luta está ligada com algo que ocorre em toda a universidade. Por isso, exigimos que o reitor João Grandino Rodas se pronuncie e atenda às nossas reivindicações.
Continuaremos a luta contra a repressão e mantemos, portanto, os eixos centrais do movimento:
- Revogação do convênio PM-USP! Fora PM!
- Revogação de todos os processos contra estudantes, professores e funcionários!
Esclarecimento: Durante a votação da segunda proposta da assembleia, a presidência da mesa declarou que o fórum estava encerrado sem consultar o plenário e abandonou a mesa mesmo com o pedido de continuidade por parte dos estudantes. Porém, a assembleia não se dissolveu. Centenas de estudantes continuaram a assembleia e elegeram uma nova presidência da mesa que encaminhou as demais propostas que haviam sido feitas, como a ocupação da reitoria.
REITORIA OCUPADA
O movimento estudantil decidiu durante a assembleia realizada hoje pela ocupação da reitoria da USP. Em breve, publicaremos uma nota sobre a ocupação.
Declaração dos representantes dos Trabalhadores da USP no Conselho Gestor do Campus
Marcello Ferreira dos Santos (Pablito)
Solange Conceição Lopes Veloso
José Mario de Freitas Balanco
Diante da crise aberta com a repressão policial na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP na tarde do dia 27 de outubro, a Reitoria da USP tem afirmado – por meio de comunicado oficial e declarações à imprensa – que a regulamentação da atuação da PM na USP foi feita com a anuência dos representantes de funcionários, estudantes e professores no Conselho Gestor do Campus universitário.
Vimos, através desta declaração, denunciar essa farsa montada pela Reitoria com o intuito não só de atribuir uma mentirosa legitimidade à sua decisão de regulamentar a ação da PM na USP, mas também de eximir-se da sua responsabilidade pela brutal repressão deflagrada contra os estudantes no dia 27 de outubro.
Nós, representantes dos funcionários no Conselho Gestor, não só fomos eleitos em base a um programa de repúdio à entrada da PM na USP, como deixamos claramente assentada essa posição frente à política da reitoria de legitimar a repressão policial na USP através do deste Conselho. Na ata da reunião do Conselho no dia 05 de Agosto de 2011 em que teve como pauta a Aprovação do Protocolo de Coorperação entre a USP e a Secretaria de Segurança Pública pode-se ler: “o Sr. Marcello Ferreira dos Santos – Representante do servidores – manifesta-se contrário ao documento (...) informa que a deliberação da assembléia dos servidores não docentes é contra a presença da Policia Militar no Campus. (...) questiona o porque dos servidores não são ouvidos quando da tomada de decisões na Universidade e nem o número de real de servidores é levado a sério quanto a representatividade. (...) abre votação e a proposta é aprovada com dois votos contrários (dos dois representantes dos funcionários Marcello e Solange e em virtude da ausência justificada do representante Mario, como consta na ata) e uma abstenção( representada pela vice-diretora da Faculdade de Educação)[1]”.
O repúdio à presença da polícia na USP é resolução tomada reiteradas vezes em inúmeras assembleias, encontros e congressos dos trabalhadores da USP. Essa decisão se apoia na convicção de que a polícia, ao contrário de estar a serviço de garantir a “segurança pública”, cumpre a função política de “controle social” da pobreza estrutural do país, com a repressão sistemática dos pobres, negros e filhos da classe trabalhadora nas favelas, vitimas permanentes da repressão e assassinatos policiais. As classes dominantes utilizam o discurso de “segurança pública” para esconder sua responsabilidade sobre as raízes da violência urbana, que se encontram no desemprego estrutural, no trabalho precário, na falta de moradia, no sucateamento da educação, etc. A burocracia acadêmica, como agentes das classes dominantes dentro da universidade, reproduzem esse discurso para defender o caráter elitista e racista da universidade, tratando os moradores da Favela São Remo – vizinha da USP – como marginais, apesar da maioria dos trabalhadores que garantem a limpeza, a alimentação a manutenção e todos serviços básicos da universidade ali morarem. Para nós, o problema da violência urbana só pode ser resolvido com emprego, moradia, saúde, educação, cultura e lazer dignos para toda a população. O repúdio à presença da polícia na USP, que fere a autonomia universitária, representa a defesa de uma conquista democrática elementar: é impossível, sob a sombra das armas do Estado, produzir de qualquer conhecimento ou reflexão crítica que se coloque contra o caráter opressor e explorador da sociedade de classes e esteja a serviço dos interesses dos trabalhadores e do povo pobre. Não passa de pura hipocrisia elitista e racista dizer que a polícia deve entrar na USP porque essa não pode ser uma “ilha” isolada do conjunto da sociedade. Para com o isolamento da USP em relação ao conjunto da população que à sustenta, é necessário acabar com o vestibular, estatizar as universidades privadas e garantir verbas públicas suficientes para que todos os filhos da classe trabalhadora possam ter acesso ao ensino superior de qualidade.
Nós, representantes dos funcionários no Conselho Gestor, denunciamos como uma difamação as declarações da Reitoria que pretendem imputar a nós a conivência com a regulamentação da ação policial no Campus. Exigimos que a Reitoria publique – no Jornal da USP e em todos os meios de comunicação que veicularam tal difamação – a ata da reunião do Conselho que desmascara essa mentira, conjuntamente com esta declaração. Exigimos uma retratação pública e as punições legais que correspondem a essa ação difamatória.
Por fim, fazemos nossa a luta dos estudantes pela retirada da PM da USP e apoiamos a ocupação da Administração da FFLCH por seus alunos, chamamos a ADUSP, o DCE e os Centros Acadêmicos a unir forças para que essa demanda seja conquistada.
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