Neste sábado, dia 05/11, os representantes da comissão de negociação, eleitos na última assembleia geral dos estudantes da USP, compareceram à audiência de conciliação no Fórum Hely Lopes Meirelles que contou com a presença do Coordenador de Relações Institucionais, Wanderley Messias da Costa, e o Chefe de Gabinete, Alberto Carlos Amadio, representando a reitoria.
Foi determinado o adiamento do prazo de reintegração de posse do prédio da reitoria de hoje (sábado), às 17h, para segunda-feira, dia 07/11, às 23h. Além disso, a reitoria se comprometeu a religar a luz, água e internet, que haviam sido cortados, e até o momento não foram reestabelecidos, e que os representantes dos estudantes presentes na audiência não receberão nenhuma punição.
Consideramos estes termos uma conquista do movimento, que vem se ampliando e ganhando apoio. A decisão da justiça, contrária à execução da reintegração de posse, durante um processo aberto de negociação, mostra que a intransigência nunca foi de nossa parte, e sim da reitoria, que pediu a reintegração de posse, cortou luz, água e internet do prédio antes mesmo de realizar negociações.
Seguimos abertos ao diálogo e dispostos, como desde o início, a negociar. Propomos que a reitoria restabeleça os canais de diálogo e negociação já para a próxima segunda-feira. Por decisão de nossa assembleia anterior, nossa próxima assembleia esta marcada para o dia 9/11. Caso a reitoria se disponha a realizar nova reunião de negociação no dia 7/11, estamos dispostos a antecipar nossa assembleia para este dia para avaliar as propostas da reitoria.
Reafirmamos nossas reivindicações:
- Revogação do convênio USP-PM! Fora PM!
- Fim dos processos e perseguições contra estudantes, professores e funcionários!
São Paulo, 5 de novembro de 2011
São Paulo, 5 de novembro de 2011
Plenária de ocupação da reitoria da USP
Ocupa, apague comentários nazi-fascistas, já! Com nazi-fascista não há discussão possível. Não há concessões nesse terreno, é questão de princípio. E quem apoia o que aconteceu no estacionamento da história é FASCISTA! Quem se manifesta a favor da PM depois do que aconteceu é FASCISTA. Apaguem já comentários contrários À democracia e aos direitos humanos. Essa escória quer manchar a página com esse lixo retórico de saudosistas da ditadura. Fora PM! Abaixo o fascismo!
ResponderExcluirNão devem ser apagadas as idéias. Deve ficar registrado o quanto a sociedade está afastada do movimento, sem a menor idéia do que se passa por lá. Para se escrever com tanta segurança, deve-se estar muito a par da situação. Deve-se ter participado das assembléias e visto com os próprios olhos a democracia, ou não democracia, acontecer. Deve-se ter ido à USP, na ocupação, ver como está sendo tratado o "refém". Deve-se ao menos se perguntar: se se trata de fanfarrões que querem matar aula e fumar maconha, porque estão recebendo apoio de pessoas do mundo todo, de todo o Brasil? Porque estudantes de outras Universidades estão arriscando levar porrada da polícia, apoiando e ocupando o prédio?
ResponderExcluirPorque acreditam em algo, que PM não resolve segurança. São Paulo é uma das cidades mais violentas do mundo e chove PM! Se estão fazendo isso é porque acreditam em algo e decidiram em assembléias abertas a todos da USP, mais de uma vez ocupar a reitoria. E é nisso que acreditam.
E você, no que acredita? Vá lutar por isso de forma civilizada, se acha que é a melhor forma. Garanto que se suas reivindicações forem ouvidas e quem sabe atendidas, ficará satisfeito.
Mas, e se não forem?
ASVASV
ResponderExcluirComo disse antes, não estou e nunca estive defendendo PM como a solução do mundo. Acontece que a situação dessa policia é distorcida principalmente pela má administração publica que oferece salarios irrosorios para pessoas (e isso é importante frisar, seres humanos como eu e você, coisa que até agora não vi ninguém ressaltar) que estão na linha de frente tomando bala de traficante, subindo morro, pondo a vida em risco. Por isso, é compreensivel (e não justificavel) que essas pessoas se corrompam como ocorre com as milicias.
Com relação a repressão, novamente, PM não vai por conta própria meter bala em estudante. É pau-mandado como varios. Algum partido se utiliza da sua força para garantir seus interesses. O proprio sindicato se utilizou da força da PM para rechaçar estudantes que faziam o piquete-nic na greve do ano passado.
Assim, tem que ficar claro pelo que se luta. A PM? O que de positivo para a sociedade se conseguirá com isso? Tem que se ressaltar que desde que o convenio foi assinado, houve redução de 60% dos crimes na usp, e isso com apenas 16 policiais, o que, eu acho, irrisório para exercer atos de repressão.
A luta é contra a repressão? Então tem que correr atras da reitoria e politicos e verificar aquilo que esteja contra os regulamentos e a partir disso agir. Atacar a policia não vai resolver a raiz do problema.
E falo do movimento pois estou todos os dias acompanhando noticias, grupos de discussão, videos, o proprio blog do ocupausp para verificar suas posições, mas o que vejo é propaganda ofensiva sem muitas motivações além dos chavões de "Fora PM".
E não fui na reitoria. Isso que você falou de olhar como está se tratando o refem não é algo a ser dito de pessoas civilizadas. Quer dizer, posso sequestrar sua familia, mas se eu tratá-la bem, então não serei bandido? Crimes são crimes, tomar um predio publico é crime e não se discute. Assim como o porte de drogas é crime e é previsto como punição levar o portador à delegacia. Então por que houve conflito? Por que a lei não pode ser cumprida? A discussão não tem fundamento pois estudantes entraram em conflito para impedir a policia de exercer aquilo que está previsto em lei.
Não participei da assembléia, mas já ouvi de pessoas proximas sobre a assembléia, e o que falar de um movimento que trata opiniões contrárias com vaias, barulho e tumulto? Que esperou até depois das 23:00 onde a maioria foi embora para não perder a condução e a mesa se dissolveu para tomar uma decisão tão drastica?
ASVASV, meu ponto de vista é o seguinte:
Em primeiro lugar de tudo, o que me importa é a vida do estudante. Joguem TODOS os conceitos e ideias fora e primeiro defendam a segurança dos estudantes. Depois, e só DEPOIS, reclamem do que vocês quiserem.
E a medida mais lógica para combater o crime é colocar mais policia no local. Se vai resolver, é outro problema, mas é INDISCUTIVEL que com mais policia, menos bandido.
O que critico o movimento? Bem, primeiro: isso que tanto eles falam: "NOVO MODELO DE ESTUDO". Pois bem, qual é? Qual é a resposta do movimento ao crime que estva crescendo na cidade universitária? O que o movimento fez para proteger o Felipe, estudante da FEA morto?
Eles se dizem representar os estudantes, então por que eles não proporam um "novo modelo" para nossa segurança?
Esse movimento não atende as necessidades dos estudantes que querem segurança, atende é o interesse daqueles que se dizem "revolucionários", daqueles que são contra a "ditadura" que por sinal não existe mais.
Então por que eles se utilizam do nome de "estudantes da USP"? Se eles não te condição de resolver as necessidades mais basicas, então nós não precisamos deles. Só isso.
Sou contra esse movimento e se ninguém propõe uma solução melhor que a PM, ela VAI FICAR LÁ e pronto. Se vocês são contra, proponha algo melhor.
Defender o diálogo com a burocracia sendo que não há canais institucionais para isso não passa de cinismo e má vontade. Defender a ação da PM no estacionamento da história é fascismo. Ninguém apanhou por estar fumando maconha. Aliás, quem estava efetivamente fumando maconha saiu ileso. Fato. Ditadura acabou? A PM continua parcialmente sob controle militar. Continua sendo julgada em tribunais especiais, corporativistas. Continua ostentando em seu brasão a "Revolução" de 64. A estrutura de poder da USP continuou a mesma. O atual reitor foi orientando do Gama e Silva, redator do AI5. O decreto que fundamenta os processos disciplinares internos é de 1972. Torturadores e assassinos continuam andando pelas ruas, entre nós, ultrajando qualquer noção de justiça. Alguns continuaram na PM. Os arquivos continuam sem ser revelados, sabe-se lá quantos já não foram destruídos. Os serviços de inteligência continuam obrigados a remeter todas as informações para o exército. Etc, etc...
ResponderExcluir"O que o movimento fez para proteger o Felipe, estudante da FEA morto?" Quem dera o movimento tivesse todo esse poder. O que o Rodas fez foi diminuir o efetivo da GU.
ResponderExcluirE mantenho meu apelo. Essa "opinião" já está em todos os grandes canais de televisão e jornais. Tira esse troço daí.
ResponderExcluirGrubi,
ResponderExcluiro estudante da FEA foi morto e o movimento não ocupou nenhum predio.
Pegaram três estudantes portando maconha e o movimento sai trocando tapas com policiais, ocupando predios, ameaçando reitores e a PM.
Nessas passagens verifica-se o quão os valores desse movimento está desvirtuado e principalmente:
NESSAS PASSAGENS VERIFICAMOS A QUEM O MOVIMENTO QUER DE FATO DEFENDER.
Essa é simples. Quem assassinou nosso colega foi um indivíduo. Ele deve ser punido de acordo com a lei. Não tem nenhuma reivindicação a ser feita. Agora, quem desceu o cacete nos estudantes no estacionamento da história foi uma instituição, que está dentro do campus porque o Rodas permitiu, por meio do convênio. O movimento quer defender um espaço livre de coerções, que continue sendo de livre expressão. Universidade não é caso de polícia.
ResponderExcluirGRUBI,
ResponderExcluirConcordo plenamente com o que você disse:
"Ele deve ser punido de acordo com a lei."
Assim, verifique no google as seguinte lei: "art. 28 da Lei 11.343/2006".
Sobre o que ocorreu na quinta, o que deve acontecer?
"Ele deve ser punido de acordo com a lei."
O que você disse?
"Não tem nenhuma reivindicação a ser feita."
E o que aconteceu? Reinvidicações.
Dois pesos e duas medidas. Porém o peso maior não se refere ao bem estar do estudante.
Se eu decifrei o que você disse, os ocupantes estariam sendo contra a lei. Bom, digo que a ocupação é legítima por não existir nenhum canal institucional que absorva essa opinião (Fora PM!) na USP hoje. Se você estava falando sobre o pesoal que foi flagrado, eles foram pra delegacia e assinaram o papel lá, de acordo com a lei. Aliás, eles já estavam longe quando a PM achou de arranjar um tumulto na história. E o tumulto é furto da inabilidade dessa força em lidar com uma manifestação espontânea. Isso ficou óbvio. Mas o principal da objeção ainda é o seguinte: o movimento não tem o que cobrar pessoalmente de um assassino, isso não faz sentido, isso é coisa de horda; já de uma instituição, o movimento tem que cobrar como puder.
ResponderExcluirfruto*
ResponderExcluirGRUBI
ResponderExcluirme desculpe mas as imagens que eu vi não concordam com o que você disse.
Como você falou, eu não estive lá quando aconteceu o tumulto. Mas pelas imagens da TV, o que vemos são um grupo de estudantes bloqueando a avenida com ofensas verbais aos policiais, seguido por cavalete atirado e até um estudante que subiu em um carro.
Mas concordo que discutir quem "começou primeiro" não leva a lugar nenhum nem justifica os atos tomados. Como se dizia "quando um não quer, dois não fazem".
E ninguém falou de ir procurar um assassino. O que eu estou falando é que o movimento não se organizou para exigir da reitoria medidas de seguranças mais efetivas quando o incidente ocorreu. Mas quem respondeu a isso foi a reitoria com a assinatura do convenio, e com isso conquistou o apoio da maior parte da sociedade em geral. Agora o movimento vai contra essa medida. Tivesse invadido predios naquela altura do campeonato e exigido, por exemplo, o aumento do efetivo da guarda universitária, melhorias na iluminação, poda nas arvores, esse problema de hoje não estaria ocorrendo.
E para mim, o que não faz sentido é lutar contra a policia. Não faz sentido pois essa é uma força que está prevista em lei para assegurar direitos. Não está satisfeito? Então o movimento deve ir a Brasilia e pedir a alteração da lei, deve conquistar apoio da sociedade reprimida e exigir mudanças.
Esse movimento jamais consiguirá algo se for fechado em um microcosmo da sociedade como a USP. Tudo que o movimento está conseguindo é ser repudiado pela sociedade em geral que não associa o PM como força reprimida, mas associa o estudante como desordeiro. Está conseguindo a revolta dos estudantes que não estão na linha de frente contra a policia, o que eu suponho seja muito maior do que os estudantes que de fato lutam.
O movimento apenas está desgastando a imagem dos estudantes em geral frente a sociedade quando vincula uma luta contra a PM, o que pode ter seus motivos, a proteção de estudantes portadores de drogas. Tivessem começado esse movimento sem esse triste estopim, eu não estaria aqui, com certeza. Tivessem atuado quando o Felipe morreu, eu teria dado meu apoio, pois veria o movimento como alguém lutando pelos meus interesses. Agora? Quero que parem de manchar o nome dos estudantes ainda mais. O movimento já perdeu credibilidade quando começou, por isso ele não faz sentido.
O proprio movimento foi o maior responsável pela PM no campus quando cruzou os braço com a morte de Felipe e possibilitou a reitoria a fazer o que fez, assinando o convenio.
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